
O nome desse efeito é “pareidolia”, que a Sociedade Brasileira de Psicologia (SBP) define como um fenômeno neuropsicológico que faz com que você reconheça formas e objetos familiares em situações aleatórias. Em resumo, lembra-se dos muitos casos de pessoas enxergando a imagem de Jesus Cristo em uma fatia de pão e situações similares? Pois é, é a pareidolia acontecendo. O “homem no Sol” é esse mesmo reflexo psicológico, só que levado ao espaço.
“Essa tendência de encontrar padrões com significado em imagens ou sons aleatórios está relacionada com a capacidade que o nosso cérebro possui de transformar nossas percepções em algo familiar, ou seja, relaciona-se à forma como construímos o mundo ao nosso redor”, afirmou o especialista em neuropsicologia Fabrício Veloso, ligado à SBP.
No caso da imagem do Sol recentemente divulgada, são essas movimentações que criam a ilusão de forma e ação (tipo o “homem no Sol” olhando para a esquerda), fazendo com que algumas áreas se iluminem mais que as outras devido à alta atividade – tais áreas são as chamadas “manchas solares” e elas devem aparecer em maior quantidade e frequência nos próximos anos, já que o Sol está “acordando” de um período de baixa atividade solar.

Entender esses fenômenos é justamente uma das missões primárias do Solar Orbiter, uma espécie de sonda operada em conjunto pela ESA e pela NASA, a agência espacial americana. A ideia é observar de perto todas as atividades do Sol, usando uma série de instrumentos de visualização óptica, infravermelha e ultravioleta, a fim de compreender o que faz a nossa estrela trabalhar desta forma.
Por exemplo: graças ao Solar Orbiter, nós devemos adquirir conhecimentos mais aprofundados sobre as ejeções de massas coronais e as tempestades geomagnéticas – dois fenômenos que podem trazer imenso impacto para a Terra.
O Solar Orbiter foi lançado em fevereiro de 2020, e a missão tem previsão de durar cerca de sete anos.
*Pleno.news
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