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Telescópio instalado na ISS flagra atividade nunca antes vista em uma explosão de magnetar (Veja vídeo)

Telescópio instalado na ISS flagra atividade nunca antes vista em uma explosão de magnetar
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Telescópio instalado na ISS flagra atividade nunca antes vista em uma explosão de magnetar
Telescópio instalado na ISS flagra atividade nunca antes vista em uma explosão de magnetar

Pela primeira vez, cientistas da Nasa conseguiram detectar uma fusão de pontos de raios-X de vários milhões de graus Celsius na superfície de um magnetar, uma estrela de nêutrons supermagnetizada. A observação foi feita graças ao telescópio Neutron Star Interior Composition Explorer (NICER), instalado na Estação Espacial Internacional (ISS).

Projetado para estudo dos ambientes gravitacionais, eletromagnéticos e de física nuclear das estrelas de nêutron, o Explorador de Composição de Interiores de Estrelas de Nêutrons (em tradução literal) registrou o evento em um magnetar localizado há mais de 13 mil anos-luz de distância.

“NICER rastreou como três pontos quentes brilhantes e emissores de raios-X vagavam lentamente pela superfície do objeto, ao mesmo tempo em que diminuíram de tamanho, fornecendo uma olhada ainda melhor nesse fenômeno”, disse George Younes, pesquisador da Universidade George Washington e do Centro de Voo Espacial Goddard, da Nasa. “O maior ponto eventualmente se juntou com um menor, que é algo que nunca vimos antes”.

Esse conjunto único de observações, descrito em um artigo publicado no The Astrophysical Journal Letters, ajudará a guiar os cientistas para uma compreensão mais completa da interação entre a crosta e o campo magnético desses objetos extremos.

Magnetar foi monitorado por mais de um mês

Um magnetar é um tipo de estrela de nêutrons isolada, um núcleo estelar esmagado deixado para trás quando uma estrela maciça explode. Comprimindo mais massa do que o Sol em uma bola de cerca de 20 quilômetros de diâmetro, uma estrela de nêutrons é feita de matéria tão densa que uma colher de chá pesaria tanto quanto uma montanha na Terra.

Segundo os astrofísicos, o que diferencia os magnetares é que eles ostentam os campos magnéticos mais fortes do universo, até 10 trilhões de vezes mais intensos que os de um ímã de geladeira e mil vezes mais fortes que uma estrela de nêutrons comum. O campo magnético é como um enorme depósito de energia que, quando perturbado, pode alimentar uma explosão de atividade de raio-X aprimorada que dura meses ou até anos.

Gráfico mostra 37 dias de evolução no pico de emissão de raios-X da SGR 1830, como visto pelo telescópio NICER. Nesta animação, a fase rotacional da estrela avança da esquerda para a direita, com a energia medida mostrada verticalmente. As áreas em verde, amarelo e vermelho indicam regiões que produzem o maior número de raios-X, os pontos quentes do magnetar, que mudam de intensidade. Crédito: NASA/NICER/G. Younes et al. 2022
Gráfico mostra 37 dias de evolução no pico de emissão de raios-X da SGR 1830, como visto pelo telescópio NICER. Nesta animação, a fase rotacional da estrela avança da esquerda para a direita, com a energia medida mostrada verticalmente. As áreas em verde, amarelo e vermelho indicam regiões que produzem o maior número de raios-X, os pontos quentes do magnetar, que mudam de intensidade. Crédito: NASA/NICER/G. Younes et al. 2022

Em 2020, o Observatório Neil Gehrels Swift, da Nasa, descobriu tal explosão de um magnetar chamado SGR 1830-0645, localizado na constelação de Scutum. Embora sua distância não seja precisamente conhecida, os astrônomos estimam que o objeto esteja a cerca de 13 mil anos-luz de distância. O telescópio de raios-X de Swift detectou pulsos repetidos que revelaram que o objeto estava girando a cada 10,4 segundos.

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