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Garçom denuncia ter sido impedido de trabalhar em restaurante de BH após fazer tranças no cabelo

Garçom denuncia ter sido impedido de trabalhar em restaurante de BH após fazer tranças no cabelo
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Jovem contratou um advogado e pretende ajuizar uma ação contra o estabelecimento 

JPCN.Blog
Reprodução/Redes Sociais

Um vídeo de um jovem garçom negro em que ele denuncia ter sido vítima de racismo pelos responsáveis de um restaurante onde trabalhava na Savassi, na região centro-sul de Belo Horizonte, viralizou nas redes sociais no último fim de semana. O estabelecimento impediu o rapaz de trabalhar no sábado passado (19), assim que ele chegou ao serviço, por ele ter feito tranças no cabelo.


Higor Antero dos Santos Rodrigues, de 25 anos, conta que no sábado pela manhã ele foi trabalhar normalmente no restaurante com o novo penteado. "Quando cheguei, meus colegas falaram que estava bem legal [o cabelo com] as tranças. Porém, quando minha chefe me viu, ela já falou que eu não trabalharia no salão, servindo as mesas. Não levei a sério, mas, quando entrei na cozinha, ela repetiu que não me deixaria trabalhar com o cabelo com as tranças e completou dizendo que daqui a pouco eu ia querer 'trabalhar do jeito que quisesse'", detalha o jovem.


Rodrigues ficou em choque com o episódio. "Eu não estava acreditando que estava sendo impedido de trabalhar por trançar meu cabelo. Minha vontade era chorar, mas eu segurei", conta.


O jovem então procurou o setor jurídico da empresa, e a responsável perguntou se ele trabalhava "na feira hippie", também fazendo críticas ao penteado. Nas mensagens enviadas pela funcionária, ela escreveu: "Onde você está com a cabeça de colocar trança no cabelo e ir trabalhar?"; "Você trabalha com japonês, não com brasileiro, que é oba oba"; e "Se não perder o emprego, está ótimo". A funcionária disse também que ele só poderia trabalhar se retirasse a trança. 


O jovem contou que a chefe ligou para pedir desculpa, mas, pelo tom de voz, acha que ela foi obrigada. Diante da situação, Rodrigues contratou um advogado e registrou um boletim de ocorrência em uma delegacia especializada em crimes de racismo e injúria racial. O jovem também vai ajuizar uma ação contra o restaurante.


Em nota, a assessoria do restaurante afirmou que "a empresa repudia qualquer ato dessa natureza, sobretudo por sua origem oriental. O restaurante tem mais de 50% de negros em seu quadro de colaboradores e segue todas as normas e deliberações da vigilância sanitária". 


O restaurante ainda afirma que "a conversa apresentada pelo colaborador não foi realizada com a administração ou pessoas que respondem pelo estabelecimento legalmente. Portanto, o fato está sendo apurado internamente com todo o respeito a cultura étnica". 


Veja o vídeo: 

*R7

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