As indústrias de mídia, tecnologia e publicidade sofreram impactos significativos recentemente, levando a demissões em empresas como Amazon, Meta e Twitter. Não é surpreendente, dado o quão interligadas são cada uma dessas indústrias. Gigantes de TI massivos como Google e Meta dominam o setor de publicidade na Internet (via Statista).
Pelo mesmo raciocínio, o YouTube e o Facebook devem estar entre os sites de mídia mais populares. No entanto, sua eficácia diminui quando os clientes param de gastar tanto dinheiro com eles quanto costumavam, levando os profissionais de marketing a gastar menos dinheiro vendendo seus produtos para usuários dessas plataformas. À medida que o custo das necessidades básicas continua a aumentar devido à inflação, espera-se que o downsizing similar no setor de TI continue.
Após a remoção repentina de 11.000 empregos da Meta em 9 de novembro, o CEO Mark Zuckerberg pediu desculpas à ex-força de trabalho da empresa, dizendo: … Infelizmente, isso não aconteceu como eu esperava. Não apenas o comércio online voltou às tendências anteriores, mas a desaceleração macroeconômica, o aumento da concorrência e a perda de sinal de anúncios fizeram com que nossa receita fosse muito menor do que eu esperava. Eu entendi errado e assumo a responsabilidade por isso.”
De acordo com um registro da SEC de setembro de 2022, a empresa empregou cerca de 87.000 trabalhadores durante o mês de setembro, o que significa que a perda repentina de 11.000 empregos equivale a uma perda de aproximadamente 13% da força de trabalho geral da Meta em todos os seus negócios.
A sentença de morte de Portal já havia sido tocada
De acordo com um relatório da Reuters de 11 de novembro, a Meta anunciou internamente que demitiria grande parte de sua equipe de desenvolvimento de tecnologia. Aproximadamente metade dos 11.000 cortes de empregos da empresa foram no desenvolvimento de tecnologia, de acordo com relatórios. Enquanto isso, a empresa cessou todo o trabalho em monitores inteligentes e relógios inteligentes do Portal.
Além da mídia digital, a Meta é uma grande empresa que atua em diversos setores. Por exemplo, sua divisão Reality Labs conduz pesquisa e desenvolvimento de realidade virtual, resultando em produtos como o Meta Quest 2 e seu equivalente significativamente mais caro, o Quest Pro. No entanto, seu modelo econômico ainda é fundamentalmente dependente da publicidade, o que implica que sua necessidade mais premente é manter-se competitiva de forma a manter as pessoas interessadas em seus produtos.
Faz sentido que o Portal e seu companheiro smartwatch percam o suporte em vez de outros produtos Meta. Simplificando, o Portal não é tão bem-sucedido como um produto de geração de receita de publicidade se as pessoas não o usarem. O Engadget informou em junho que a Meta estaria descontinuando as vendas do Portal para consumidores em favor de clientes corporativos, o que significa que seu público existente de cerca de 1,4 milhão de clientes não corporativos provavelmente é muito pequeno para sustentar o custo de P&D. Independentemente disso, existem várias boas razões para não confiar em um dispositivo inteligente Meta-controlado, seja você uma organização profissional ou um consumidor médio, mas a própria empresa provavelmente não estava tão interessada em continuar injetando seus recursos em um produto físico linha que não foi direcionada diretamente para a árvore de Natal da sua família nesta próxima temporada de férias.
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