Segundo relatório da McKinsey, a demanda mínima por créditos voluntários seria de US$ 1,4 bilhão

Segundo relatório da McKinsey, a demanda mínima por créditos voluntários seria de US$ 1,4 bilhão
Um estudo da consultoria McKinsey aponta a possibilidade de o Brasil liderar o mercado voluntário de crédito de carbono em 2030, com potencial para atingir US$ 2,3 bilhões. Segundo o relatório, a demanda mínima por créditos voluntários seria de US$ 1,4 bilhão, mas de qualquer forma a emissão atual é inferior às estimativas para a próxima década. A avaliação acontece no timing correto, pois está em curso a criação de um mercado regulado de carbono no País.
De acordo com a reportagem do jornal Valor, o mercado voluntário de crédito de carbono aparece como uma alternativa atrativa para companhias que buscam reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEE) antes que a legislação as obrigue a fazê-lo. As iniciativas que poderiam alavancar o processo incluem desde projetos de reflorestamento, até projetos de agricultura e de combate ao desperdício de energia, atualmente apontadas com valores de toneladas de carbono muito baixos. O País teria ainda vantagens intrínsecas, como possuir a maior floresta tropical do mundo, para ocupar a liderança mundial no tema.
De acordo com Henrique Ceotto, sócio e líder da prática de sustentabilidade da McKinsey no Brasil, o potencial de geração de receitas do Brasil a partir do mercado voluntário de crédito de carbono está na faixa de US$ 7,5 bilhões a US$ 15 bilhões. “Sem o Brasil, o mundo não se descarboniza”, avalia o especialista da consultoria. Os dados da McKinsey indicam ainda que o Brasil poderia responder por 15% do potencial total da oferta de soluções baseadas na natureza, percentual que supera o de países como Estados Unidos (3%), China (2%) e Rússia (2%).
Mercado voluntário de carbono: proteção de floresta em destaque
Ainda de acordo com a McKinsey, no mercado voluntário de carbono, os créditos associados à proteção de florestas e restauração florestal já representam 40% das emissões. Esse mercado ainda é pequeno, da ordem de menos de US$ 350 milhões por ano, mas tem crescido em média 20% ao ano com potencial de crescimento 15 vezes até 2030, atingindo uma compensação de mais de 1 GtCO2 por ano, segundo estudo realizado pela McKinsey em conjunto com o Taskforce on Scaling Voluntary Carbon Markets do World Business Council.
*Engie
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