Ativos globais exibiram comportamento misto
Na mínima do dia, o dólar foi a R$ 5,2409. Ao fim da sessão, o dólar futuro para novembro recuava 0,92%, a R$ 5,2495. O índice DXY, que mede a força do dólar ante uma cesta de seis moedas principais, operava em queda de 0,04%, aos 111,992 pontos. A divisa americana subia 0,19% ante o peso mexicano; 0,19% ante a lira turca; 0,30% ante o rand sul-africano; e 0,14% contra o peso chileno.
Os mercados internacionais exibiram apetite a ativos de risco, com os principais índices acionários operando em alta, refletindo um alívio após a reversão de medidas fiscais no Reino Unido. Ao mesmo tempo, os temores de recessão por conta da onda de aperto monetário que vem sendo promovida pelas principais economias – principalmente nos Estados Unidos - voltou a pesar, minando os ganhos do petróleo e de divisas emergentes.
Estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno pontua que, mesmo nesse contexto de incertezas, a divisa brasileira consegue se manter em valorização.
“O real tem performado melhor que os pares emergentes devido, em parte, aos juros elevados e, também, pelo resultado do primeiro turno das eleições, com os partidos de centro e direita ganhando espaço no Congresso, o que eleva as chances de reformas serem aprovadas e dimnui os riscos de uma agenda mais radical”, diz Rostagno.
Já o economista da Guide Investimentos Rafael Pacheco cita um otimismo local devido a indicadores recentes da economia brasileira. “Hoje, o IGP-10 também ajuda um pouco [o câmbio], trazendo um otimismo interno, com a inflação caindo por mais um mês, mostrando que o Brasil está melhor que alguns emergentes e desenvolvidos no controle [dos preços]. Com o Brasil em um momento melhor, acaba atraindo também mais capital”, diz Pacheco. O IGP-10 registrou queda de 1,04% em outubro.
Os investidores seguem também de olho na corrida presidencial pelo segundo turno...
— Foto: SeongJoon Cho/Bloomberg
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